domingo, 22 de agosto de 2010

A pseudo-igualdade entre os gêneros

Recentemente a lei Maria da Penha nº 11.340/2006 completou quatro anos de vigência, o aniversário da lei trouxe consigo grande reflexão no âmbito social no que tange a valorização e reconhecimento dos direitos da mulher na esfera, não só familiar, mas social como um todo.

O movimento que enseja a luta pela igualdade entre os gêneros aufere importante destaque sobre a participação feminina em todos os setores sociais, concomitante sua importância para a saudável constituição e manutenção do instituto família.

O Estado pune aquele que comete crime contra outrem, por essa análise é evidente que a mulher também está incluída. Então, por que a necessidade de lei especial para a garantia desses direitos? A imprescindibilidade decorre da idéia de que a mulher, no seio familiar, não era agente ativo das decisões, mas vista como mera posse do marido; os costumes patriarcais trouxeram a ideia de “acessório” à figura feminina, fazendo deste, objeto de manipulação do marido, do pai, do dono.

Porém a sociedade está mudando, e mais do que nunca os homens e as mulheres estão evoluindo para perceberem que este sistema antigo e retrógrado de convivência não pode/deve ser sustentado. O homem moderno está empenhado e disposto a reconhecer o massacre praticado durante os séculos contra a figura feminina, logo, por meio da luta não só a mulher conseguiu reverter o quadro, mas grupos inteiros, etnias e povos alcançaram o conceito de dignidade da pessoa humana, princípio fundamental de qualquer Estado de Direito e dos acordos internacionais que versam sobre direitos humanos.

Diante todo o exposto é preciso observar uma conduta sorrateira, furtiva e nada principiológica que vem sendo praticada em nome do movimento feminista, poderíamos chamá-la de pseudo-feminismo; este é fruto de uma indignação agressiva, de princípios cobertos de ódio e rancor pelo homem, que nada contribui para o âmago do movimento alçado na igualdade e cooperação entre os gêneros. A revolta infundada consiste em praticar, injustamente, contra o homem contemporâneo a discriminação, o martírio, sua diminuição de forma a retribuir o cometido por seus antepassados durante a história, a "lei de Talião feminina", ou seja, olho por olho, dente por dente. O fanatismo feminista traz a involução do comportamento justo, e qualquer posicionamento parcial denota contrariedade a esse falso movimento, por certo, esse pensamento sinaliza um risco para a sociedade; tais mulheres atacam qualquer figura masculina, pois para elas só se alcançaria a igualdade se o homem passasse por tudo que a mulher passou. Logo o pseudo-feminismo se consubstancia na pseudo-justiça, no exercício arbitrário das próprias razões, no sepultamento da conquista feminista. Estamos diante de outro ser que não a mulher, um ser que luta por mudança, mas persiste estagnado; que desvirtua todo o propósito do doloroso movimento feminino, um ser que apregoa a pseudo-igualdade entre os gêneros.
Por: André Luiz Gomes Duran

sábado, 21 de agosto de 2010

Resenha do Trajetórias de Vidas e Formação Acadêmica: O Programa Conexões de Saberes na UFMT


O Livro “Trajetórias de Vida e Formação Acadêmica: O Programa Conexões de Saberes na UFMT” traz-nos uma coletânea de artigos baseados nas experiências, atividades e pesquisas dos estudantes partícipes do programa, com um componente crítico, composição e organização sensacional das professoras Dr.ª Ivone Maria Ferreira e Msc. Marilda Matsubara. O trabalho mostra-nos a realidade das comunidades populares, nas suas lutas e conquistas nos mais variados campos como cultura, educação, políticas afirmativas, entre outros assuntos.


Destaque para os magnânimos trabalhos dos nossos pesquisadores conexistas do Campus Universitário de Rondonópolis, que sobre a laboriosa e genial orientação do professor Pós-Dr. e associado do Departamento de História/ICHS/CUR/UFMT, Flávio Antonio da Silva Nascimento, produziram dois artigos tratando das lutas étnicas e políticas arfimativas; divididos em duas frentes de trabalho: ao observarmos a parte I do livro esta é encerrada pelo artigo Introdução ao Estudo do Racismo no Mercado de Trabalho em Rondonópolis-MT, no qual destaca-se a bolsista Silmara Ribeiro que encabeçou o assunto e é pesquisadora da área; na parte II, o trabalho Cursinho Pré-Vestibular Gratuito/Integração social: do programa “Novos Rumos” ao programa “Zumbi dos Palmares” – Rondonópolis-MT – o grupo encabeçado por Felipe Barbosa Teixeira que trabalhou a questão das políticas afirmativas de acesso ao Ensino Superior Público e a questão das Sobrevagas na UFMT.


Assim recomendamos esta leitura a todos, para desfrute, conhecimento e prestígio ao trabalho de nossos colegas e camaradas universitários.
Por Felipe B. Teixeira

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Arte e Dança

Quem é que nunca dançou ou movimentou o corpo com o batuque de uma música? Bem, é difícil encontrar uma pessoa que nunca se remexeu ou contorceu ao ouvir um som.

Sabendo disso, ao certo é interessante conhecer ou saber um pouquinho sobre essa arte que envolve a maioria dos povos e que muitas vezes é utilizada não apenas como uma distração, mas como exercício e até mesmo como terapia.

A dança é considerada uma das artes mais antigas, é também a única que despensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função, enquanto instrumento de afirmação dos sentimentos e experiências subjetivas do homem. Segundo o site http://brgeocities.com/quemdancaemaisfeliz, em uma publicação, o desenvolvimento da sensibilidade artística determinou a configuração da dança como manifestação estética. No antigo Egito, 20 séculos antes da era cristã, já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem ao Deus Osíris. O caráter religioso foi comum às danças clássicas dos povos asiáticos.

Na Grécia Clássica, a dança era, frequentemente, vinculada os jogos, em especial aos olímpicos. Com o renascimento, a dança teatral, virtualmente extinta em séculos anteriores, reapareceu com força nos cenários cortesãos e palacianos. No século XIX apareceram a Contradança (que se transformou na quadrilha), a Valsa, a Polca, a Mazurca, o Scottish, o Pas-de-quatre, etc. No século passado surgiu o Boston, só destronado pelas danças exóticas (Cake-Walk, Maxine, One Step, Fox-Trot, e Tango). A divulgação da dança se deu também fora do espetáculo, principalmente, nas tradições populares.

Tipos de dança

Existem quatro grandes grupos de estilos de dança, que são:

*Dança Clássica - conjunto de movimentos e de passos, elaborados em sistema e ensinados no ensino coreográfico.

*Dança de Salão - praticada nas reuniões e nos dancings.

*Dança Moderna - que se libertou dos princípios rígidos da dança acadêmica e que serviu de base ao bailado contemporâneo

*Dança Rítmica
A esse respeito apresentamos aqui um de nossos cuqueiros, George Santana, dançando a coreografia que mercado perde, e muitas outras. Apreciem:


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Música erudita

Criada como Banda Sinfônica, em 1979, a OSUFMT foi tomando forma na década de 80 com o ingresso de três músicos de cordas sendo eles: Cézar Wulhinek (violino), José Lourenço Parreira (viola) e Conrado Corrêa Ribeiro (violoncello). Esses músicos e o primeiro maestro da orquestra, Konrad Wimmer, iniciaram o trabalho de construção da Orquestra.

Depois do maestro Konrad, assume a já Sinfônica da UFMT o maestro Marcelo Bussiki em 1986, permanecendo como diretor artístico até 1991 quando então sai para estudos de pós graduação e em seu lugar assume o maestro Ricardo Rocha que permanece até 1994. Em 1995 é convidado para reger a Orquestra, o maestro Roberto Victório que desenvolve trabalho inédito sobre a música contemporânea.

Fabricio Carvalho, desde 1996 regente da Orquestra, nasceu em São Paulo, capital. Iniciou seus estudos musicais ao piano aos quatro anos de idade, onde começa a ter contato com a música erudita. Logo depois, inicia também seus estudos no violão clássico e popular. Em 1985, então com 11 anos, transfere-se para Cuiabá e integra a classe de flauta transversal da Escola Preparatória de Instrumentistas da Orquestra Sinfônica da UFMT. Em 1996 começa um trabalho interno até que é convidado pelo Reitor Prof. Fernando Nogueira de Lima a assumir definitivamente a OSUFMT.

A Orquestra Sinfônica da UFMT tem um trabalho voltado inteiramente para a comunidade, pois desenvolve projetos de iniciação e conhecimento da música de concerto como os projetos "Ensaio Geral" e "Fim de tarde com a Orquestra Sinfônica", onde o público tem noções de instrumentos, história da música e vários outros aspectos que se aplicam à musica erudita, além de seus concertos normais de temporada.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Cenouras são mais laranja que as laranjas, e mesmo assim, são cenouras.

Rondonópolis, 06 de junho de 2010
Estive eu a matutar cá com meus botões e senti-me encantada com o poder que a nomenclatura exerce sobre uma pessoa ou coisa de forma tão arrebatadora que não nos permite se quer o prazer de espantar-se.
Tomemos como exemplo à laranja, sabe-se que a laranja tem cor amarela e que a cenoura é mais laranja que a própria laranja. No entanto, a cenoura não é chamada de laranja, curioso!
Sei que pode parecer estranho, mas não é não, as pessoa tem a mania de confusão; Outro exemplo, é a Guerra do Paraguai, todos sabemos que um dos grandes nomes daquela guerra foi o general Cachias, daí todo mundo que é severamente correto acaba tomando o nome do capitão, assimila-se uma coisa a outra ou difundem coisas extremamente semelhantes fazendo uma confusão tão grande quanto as palavras aqui escritas.
Costuma aqui, nos últimos meses, fazer assimilações desproviadas de nexo, ouvir determinado nome e julgar a pessoa sem antes conhecê-las, dizem que Marias são vulgares, que Pedros são falsos e que brasileiros são preguiçosos, será mesmo? Será que é correto permitir que simples códigos de nomenclatura influenciem tanto em nossas vidas? Será que não é evidente que cenouras são laranja mesmo sem carregar esse nome consigo? Ou que a laranja não é laranja mesmo sendo chamada de tal?
Tudo bem, sei que parece uma filosofia abstrata, mas é apenas a realidade, afinal é muito difícil ter um nome comumente aderido pela população e ser taxado como todos os outros indivíduos que o possuem. Isso definitivamente não é legal.
Creio que tal fascínio seja compreensível a todos, uma laranja, de fato, é bem menos laranja que uma cenoura assim como um mamão é bem mais laranja que uma laranja e também não é chamado de laranja. E digo mais, Marias, Pedros, brasileiros e muitos outros, ao contrário do que dizem aqueles sites de significados de nomes, não são iguais e determinantemente possuem potencial; personalidade e garra imensamente variáveis; Assim como as variedades de coloração que possuem as cenouras e as laranjas.
Por Grazy R. Lemes
Cuqueira de Rondonópolis